terça-feira, 25 de agosto de 2009

A situação discriminatória do Club Sport Juventude de Gaula

Comunicação à Imprensa

O Club Sport Juventude de Gaula movimenta nas diversas camadas de formação do futebol mais de 200 jovens. Contudo, com este complexo desportivo próximo da sua sede, tem que andar com a casa às costas e deslocar-se ao complexo das Eiras em Santa Cruz, tendo os jovens que regressar após a meia-noite.
Desde 2001 que foi prometido pelo IDRAM ao Juventude de Gaula a utilização deste complexo desportivo a construir pela Associação de Futebol na freguesia.
As colectividades desportivas deste Concelho usufruem gratuitamente de instalações desportivas na sua freguesia, excepto Gaula. Excepto Gaula, porque viu defraudado o prometido acordo entre o IDRAM e, em especial, a Câmara com a AFM.
Porque acreditou na palavra do Presidente do GR, quando na inauguração da sede do Juventude de Gaula, em Abril de 2005, afirmou: “Não venham (…) dizer que vão fazer isto e aquilo, com o dinheiro do Governo. (…) Nos planos destes quatro anos, está aí a arrancar essa infra-estrutura desportiva, (…) o campo de futebol, onde, a exemplo do que se fez noutros campos ao nível de freguesia, se concebe as instalações para o clube encontrar aí um suporte logístico. (…) Anunciam coisas e ainda por cima têm a lata de dizer que não é para a freguesia. Bem, isso comigo não, nem pensar”.
Quatro meses depois, com toda a solenidade, é lançada a primeira pedra deste chamado Centro de Formação e Excelência de Futebol.
Em Fevereiro de 2007, é inaugurado o complexo de todos os sonhos, com os maiores elogios do Presidente do GR esquecido do que dissera 2 anos atrás.
Foram gastos 4 milhões de euros suportados numa dívida que será paga pelo GR durante 15 anos. A maior fatia desses custos foi para as instalações complementares que praticamente nunca foram usadas. Além disso, contam-se pelos dedos as vezes que a Associação utiliza anualmente o relvado sintético.
Mas parece que compete ao clube da terra suportar o pesadelo deste sonho.
Por exemplo, o IDRAM paga 17 mil euros anuais a cada clube (Camacha, Machico, União ou Portossantense) pela manutenção dos respectivos relvados naturais. O CD Ribeira Brava usa gratuitamente o Centro Desportivo da Madeira da SDPO suportado pelo IDRAM.
Em 21 de Setembro de 2007, a Câmara assina um protocolo que estipula na cláusula dois o valor mensal de 1000 euros comparticipados pelo Município em acordo bilateral a ser celebrado entre este e a AFM (*)
Mas a Câmara nada pagou e em Agosto de 2008, o Juventude foi impedido de utilizar este complexo por falta de pagamentos. Foi então renegociado o valor de 750 euros mensais a dividir pelo Clube, Município e Junta de Freguesia. Mas, após uma oportuna interrupção para obras, a AFM exige o valor mensal de 1500 euros.
E por fim pergunta-se: quem é que garantiu em 18 de Abril de 2005 que “Não venham (…) dizer que vão fazer isto e aquilo, com o dinheiro do Governo. (…) e ainda por cima têm a lata de dizer que não é para a freguesia. Bem, isso comigo não, nem pensar”.

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